quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Autoridad: Por qué visitar Rosario?

29 de octubre de 2013   

El Ente de la Movilidad de Rosario, junto con la Municipalidad de Rosario son los anfitriones de la UITP América Latina en los días 13 y 14 de noviembre.

La Entidad es un organismo autárquico descentralizado administrativa y financieramente que tiene bajo su competencia la movilidad urbana en todos sus modos. 

Autoridad: ¿Por qué visitar Rosario?

Rosario viene haciendo grandes inversiones en transporte público, la ciudad está ubicada en la provincia de Santa Fe, con más de 1 millón de habitantes y un sistema de autobús eficiente.

El sistema cuenta con Carriles Exclusivos en varias vías, que está siendo implementado en varias zonas de la ciudad de forma gradual desde 2012. Los Carriles Exclusivos son sectores delimitados en la calzada, reservados para el tránsito vehicular de ómnibus de transporte público de pasajeros, tanto urbanos como interurbanos; taxis o remises ocupados.

Además todo el sistema de la ciudad está siendo controlado por elCentro de Monitoreo de la Movilidad, que incluye información acerca de interrupciones de tránsito, congestión, ciclovías, servicio de semáforos y de transporte público.

El sistema está integrado con el sistema de pago sin contacto que cuenta con varios servicios, por ejemplo de Pasaje Plus, los usuarios pueden disponer de dos viajes cuando la tarjeta no cuenta con suficiente saldo para abonar el pasaje.

La ciudad también tiene un Plan Integral de Movilidad que consiste en una serie de proyectos y acciones coordinadas para conseguir un modelo de movilidad sostenible que promueve la inclusión social. 



Si usted es Empresa Público o Ente Gestor, inscríbase en la liga, 
pulse aquí.
.

Para más informaciones, escriba un correo a
latinamerica@uitp.org


Anfitriones locales:
 :

 
 

Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295 
latinamerica@uitp.org

Autoridade: Por que visitar Rosário?

29 de Outubro de 2013   

A autoridade Ente de la Movilidad de Rosario, junto com aMunicipalidad de Rosario são os anfitriões da UITP América Latina entre os dias 13-14 de novembro.

Entidad é um orgão autárquico descentralizado administrativa e financeiramente que tem como responsabilidade a mobilidade urbana de todos os seus modais. 

Autoridade: Por que visitar Rosário?

Rosário tem feito grandes investimentos em transporte público, a cidade está localizada na província de Santa Fé,com mais de 1 milhão de habitantes e um sistema de ônibus eficiente.

O sistema conta com Faixas exclusivas em diversas vias, que vem sendo implementadas em várias zonas da cidade de forma gradual desde 2012. As Faixas Exclusivas são setores delimitados, reservados para o transito de ônibus do transporte público de passageiros, urbanos e interurbanos e taxis ou remises ocupados.

Além disso, todo o sistema da cidade está sendo controlado pelo Centro de Monitoreo de la Movilidad, que inclui informação sobre interrupções no trânsito, congestionamentos, ciclovias, serviços de semáforos e transporte público.

O sistema está integrado com o pagamento através de cartão sem contato, que oferece várias facilidades, como por exemplo o Pasaje Plus. Nele, os usuários podem utilizar duas viagens quando o cartão não tem saldo suficiente para realizar o percurso.
A cidade também conta com um Plano Integral de Mobilidade, que consiste em uma série de projetos e ações coordenadas para conseguir um modelo de mobilidade sustentável que promova a inclusão social.



Se você é Empresa Pública ou Gestor,
inscreva-se no link 
clique aqui.
.

Para mais informações, escreva um email
para latinamerica@uitp.org


Anfitriões locais:
 :

 

Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295
latinamerica@uitp.org

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Participe de la Cita Virtual: Información al pasajero, de la UITP

22 de octubre de 2013   

SEPA COMO IMPLANTAR DE MANERA SIMPLES Y RÁPIDA UN SISTEMA DE INFORMACÓN AL PASAJERO EN SU CIUDAD
La información al pasajero actualmente es ítem esencial en la búsqueda de un transporte público de más calidad y que refleje el estilo de vida de los viajantes, apoyando la estrategia de la UITP "Ganando con el Transporte Público".

Así, la UITP América Latina realizará una cita virtual de una hora para discutir estos asuntos con miembros e invitados interesados, con presentaciones de HERE y MOVIT, cada una de quince minutos, y finalizará el tema con debate sobre los principales puntos que deben ser llevados en consideración en los sistemas de información a los pasajeros.

La cita virtual se llevará a cabo el 31 de octubre, a las 16 horas (horario de Brasilia) 


Garantice su cupo, pulse aquí



Participe de la más grande feria de innovación y TI en transporte público, conozca más sobre la IT-Trans 2014, pulse aquí
.

Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295
latinamerica@uitp.org

Participe da Reunião Virtual: Informação ao Passageiro, da UITP

22 de outubro de 2013   

SAIBA COMO IMPLANTAR DE MANEIRA SIMPLES E RÁPIDA UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO AO PASSAGEIRO EM SUA CIDADE
A informação ao passageiro atualmente é item essencial na busca de um transporte público de mais qualidade e que reflita o estilo de vida dos usuários, apoiando a estratégia da UITP "Crescendo com o Transporte Público".

Sabendo disso, a UITP América Latina realizará uma reunião virtual de uma hora para discutir este assunto com membros e interessados, com apresentações da HERE e da MOVIT, cada uma de quinze minutos, e finalizará o tema com debate sobre os principais pontos que devem ser levados em conta em sistemas de informações ao passageiro.

A reunião virtual acontecerá dia 31 de outubro, às 16 horas (horário de brasília) 


Faça a sua inscrição, clique aqui



Participe da maior feira de inovação e TI em transporte público, conheça mais sobre a IT-Trans 2014, clique aqui 
.

Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295
latinamerica@uitp.org

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Serviços invisíveis são sempre muito importantes

REVISTA ÔNIBUS 78 - SETEMBRO/ OUTUBRO 2013 - FETRANSPOR

ARTIGO






RICHELE CABRAL
Diretora de Mobilidade Urbana da Fetranspor


Serviços invisíveis são sempre muito importantes

Dentre os muitos serviços que são invisíveis para a maioria, o planejamento de transporte é um dos mais desafiantes. Como vários serviços públicos – distribuição de água, energia elétrica, gás etc. –, apenas quando ocorre uma falha é  que os cidadãos se preocupam com ele, ou se dão conta de sua existência.

No caso do planejamento ligado à mobilidade urbana, nos dias de hoje, quando as cidades encontram-se infladas, com suas capacidades viárias saturadas e problemas como congestionamentos e poluição fazendo parte da rotina diária, a responsabilidade dos técnicos é enorme.

Para um evento do porte do Rock in Rio, por exemplo, são necessários meses de planejamento e preparação da cidade e seu entorno, aí incluída a própria conscientização da coletividade quanto ao fato de ser imperiosa a necessidade de utilização do transporte público para o acesso às imediações, durante todo o período de sua realização. São necessárias reuniões multidisciplinares envolvendo agentes ligados a itens como segurança, obras, conservação, ordem pública, distribuição de energia elétrica, entre outros. Para que o tráfego de automóveis seja suspenso nas imediações (ou restrito apenas a moradores), há que haver perfeita sintonia entre representantes dos diversos modais de transporte público e autoridades governamentais, na previsão cuidadosa de todos os detalhes que se fazem importantes para que o sistema funcione a contento. É preciso que o público participante seja atendido em suas necessidades de deslocamento e que as medidas adotadas para tal não prejudiquem a mobilidade dos demais. 

Providências que não aparecem quando uma pessoa entra em um ônibus para realizar sua viagem.

A demanda gigantesca, concentrada em determinados horários, representa enorme desafio para qualquer cidade do mundo, sendo quase que inteiramente impossível evitar  transtornos de alguma monta, como a ocorrência de espera pelo transporte, por exemplo.

Os sistemas de transporte não são feitos para esses casos atípicos, mas para a rotina das cidades – dias normais, com atividades normais. Mesmo assim, nas grandes cidades do planeta há gargalos e horários de pico, com incidência diária de retenções de todos os níveis. A solução é privilegiar o transporte coletivo, que ocupa menores espaços nas vias públicas para levar maior número de pessoas.

O município do Rio vive contexto em que grandes eventos são corriqueiros, e é necessário gerenciar essas demandas. A cada um deles, adquire-se mais experiência, que contribuirá no planejamento do próximo. No entanto, desafios sempre irão ocorrer, e criar soluções para eles faz parte do trabalho da equipe de Mobilidade Urbana. No caso do Rock in Rio, foi criado, como da última vez, serviço especial de ônibus, que funciona ao lado do sistema convencional, com os acessos fechados ao tráfego de veículos particulares. Para tal, houve que se pensar nos locais de estacionamento dos ônibus especiais, montando-se estrutura provisória de terminal de ônibus tanto para o serviço especial como para o regular, com pagamento prévio para agilização do embarque; no pagamento eletrônico das passagens; na solicitação antecipada dos cartões; nas formas de entrega destes aos seus adquirentes; enfim, numa infinidade de providências, das quais o público sequer suspeita ao solicitar um cartão pela internet, pagar, receber e usar o meio de transporte especial para chegar ao seu festival sem contratempos.

Além de todo esse planejamento, é necessário acompanhar a operação, para verificar dificuldades e pontos a serem melhorados, pois, por se tratar de evento de sete dias, há como se aperfeiçoar o serviço corrigindo possíveis falhas detectadas.

Por trás de cada viagem feita nesses dias de mudança do perfil da demanda está o trabalho incansável de inúmeros técnicos, sejam eles oriundos do poder público, de prestadoras de serviço ou de entidades representantes dos operadores, como é o caso da Fetranspor e do Rio Ônibus.


No fundo, todos torcemos para que este trabalho permaneça invisível, pois este é o maior indicador de que está sendo bem realizado.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

UITP em números: Recursos para a operação

17 de outubro de 2013   
Fernando de Caires, 
Os recursos provenientes das vendas de passagens cobrem aproximadamente 50%, em média, dos custos de operação dos sistemas de transporte nas cidades européias. Na América Latina, a realidade de forma geral é uma situação oposta, praticamente sem subsídios. Contudo, começam a surgiu mudanças nesse cenário...

Veja alguns exemplos abaixo:









Baixe estudo da UITP América Latina sobre as receitas extra-tarifárias, clique aqui

.



Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295
latinamerica@uitp.org

UITP en numeros - Ingresos de la operación

10 de Octubre de 2013   

Los ingresos por venta de billetes cubren una media del 50%, aproximadamente, de los costes de explotación de las ciudades europeas. En América Latina, la realidad de forma general es una situación opuesta, prácticamente sin subsidios, mas empiezan a existir algunos cambios en este escenario.

Echa un vistazo en algunos ejemplos:








Baje investigación de la UITP sobre el tema de ingresos no tarifários, pulse aquí

.





Fernando de Caires - UITP - TEL. 55 11 3371 2295
latinamerica@uitp.org

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Como espalhar bons corredores de ônibus pelo país é tema de Seminário


O Instituto de Engenharia recebe grandes especialistas em projetos e tecnologias de transportes para debater o tema, que apresentam vários modelos importantes no mundo, como o Transmilenio de Bogotá, os BRTs da França e do Rio de Janeiro, os corredores da EMTU-SP e da Prefeitura de São Paulo, além de alternativas para viabilizar os recursos de investimentos.

Até a próxima sexta-feira dá tempo de se inscrever no "Seminário Corredores de Ônibus para as cidades do futuro - Como viabilizar e por que universalizar para os grandes e médios municípios", que vai ser realizado na segunda-feira, 21 de outubro, no Instituto de Engenharia de São Paulo. A abertura será às 8h, e os debates com especialistas renomados vão ser realizados até às 17h.

Na abertura estão programadas as presenças do diretor-presidente da EMTU-SP, Joaquim Lopes da Silva Jr., do secretário-adjunto de transportes do município de São Paulo, José Evaldo Gonçalo, e do presidente da APEOP (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas), Luciano Amadio Filho. O objetivo principal será debater como implantar com sucesso corredores de ônibus nas principais cidades do país, de modo a expandir sistemas de transportes rápidos, seguros e confortáveis para a população, incluindo as linhas, os veículos, as paradas e os terminais.

Os debates serão amplos, com palestras divididas em quatro painéis, que abrangem os principais tópicos sobre o assunto. Além da apresentação de tecnologias, dos aspectos técnicos e das características de grandes projetos realizados e em execução no mundo, o Seminário vai trazer a oportunidade de discutir a viabilização de investimentos por meio de PPPs (Parcerias Público-Privadas), concessões e fontes de recursos alternativas, incluindo BNDES.

O evento conta com apoio da APEOP, Caio Induscar, Concremat, Construtora Cappellano, Ineorail GDF-Suez, Paulitec Construtora, Thermo King e Weg.

A programação completa e as informações para inscrição estão abaixo.



  
 PROGRAMAÇÃO
 
Instituto de Engenharia de São Paulo, 21 de outubro de 2013, 2a. feira
 
 
08h00: Credenciamento e Café de Boas-Vindas
 
Abertura

09h00: Início dos Trabalhos
Presidente do Instituto de Engenharia, Camil Eid
Diretor-Presidente da EMTU do Estado de SP, Joaquim Lopes da Silva Júnior
Secretário-Adjunto de Transportes do Município de São Paulo, José Evaldo Gonçalo
Presidente da APEOP, Luciano Amadio Filho
Vice-Presidente das Divisões Técnicas do Instituto de Engenharia, Miriana Pereira Marques
Coordenador Técnico do Seminário, Roberto Bartolomeu Berkes
Diretor da ConVisão e CNC, ex-subprefeito de São Paulo, Regis Gehlen Oliveira

1º Painel - Por que universalizar: Benefícios sociais e econômicos dos corredores
09h30: Tipos e vantagens de corredores e BRTs para a mobilidade urbana
Paulo Sergio Custodio, ex-gerente de engenharia do corredor Transmilenio de Bogotá

10h00: Projetos do estado de SP em andamento e seus benefícios

Ivan Carlos Regina, gerente de planejamento da EMTU

10h30: Projetos do município de São Paulo em andamento e seus benefícios
José Evaldo Gonçalo, secretário-adjunto de transportes do Município de São Paulo 
11h00: A experiência do Transmilenio de Bogotá aplicável ao Brasil
Pedro Szász, consultor do Transmilenio de Bogotá
11h30: Projetos avançados de estações, paradas e terminais do Rio de Janeiro 
Alexandre Castro, da Fetranspor, gerente geral do consórcio operacional do BRT do Rio de Janeiro
 
Almoço
12h00: Almoço por adesão no Instituto de Engenharia 
 
2º Painel - Como viabilizar as obras e os sistemas: Tecnologias

14h00: Vantagens da pavimentação de corredores em concreto
Ronaldo Vizzoni, gerente de infraestrutura da ABCP

14h30: Os ônibus atuais preparados para o futuro
Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra

15h00: Modernos sistemas de automação e controle operacional  
Flaminio Fichmann, ex-responsável técnico e operacional por terminais e paradas em São Paulo

3º Painel - Como viabilizar financeiramente: Engenharia econômica

15h30: Alternativas de viabilização por PPPs ou concessões
Silvio José Rosa, assessor da EMTU

16h00: Como viabilizar projetos e fontes de recursos 
Carlos Malburg, gerente do DEURB/AS do BNDES
 
4º Painel - Experiências internacionais de sucesso

16h30: Projetos de BRT e sistema de localização AVLS na França
Claude Cabili, diretor técnico da Ineorail, do grupo GDF-Suez

Integração e Troca de Experiências
17h00-19h00: Happy-hour por adesão no Instituto de Engenharia
   
INSCRIÇÃO
 
(SOMENTE ANTECIPADA)
   
R$ 50 reais

Grátis para sócios do Instituto de Engenharia ou entidades e empresas apoiadoras
Almoço por adesão e happy-hour por adesão (com vinho incluso) pagos no local
Faça seu pedido de inscrição:
seminario@convisao.com.br
ou
(11) 4192-2087

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

E O PLANETA, COMO VAI?

E O PLANETA, COMO VAI?


            Em 27 de setembro o jornal O Estado de São Paulo publicou: “Para IPCC, planeta nunca esteve pior”. E acrescentou:

“Depois de seis anos de trabalhos, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das nações Unidas, a maior autoridade em aquecimento global do mundo, lança hoje seu novo relatório-síntese sobre o estado do planeta. As constatações são drásticas: a concentração de dióxido de carbono (CO) na atmosfera, gás oriundo da queima de combustíveis fosseis e o mais nocivo ao ambiente, cresceu 40% desde 1750 e continua a se acumular. Com isso a temperatura na terra já subiu 0,89oC entre 1901 e 2012 e vai se elevar entre 1,5oC, no melhor cenário, e 6oC no pior até o fim do século. E isso é só o começo”.

            No mesmo dia e apoiado nas mesmas fontes (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o jornal Valor Econômico escreveu: “ONU reitera que o homem aquece o planeta”. E acrescenta a seguinte opinião do professor Paulo Artaxo, da USP: “O homem está aumentando cada vez mais a sua influência negativa no clima do nosso planeta. Estamos em um processo acelerado de aquecimento global”.

            O relatório do IPCC mencionado foi comentado pelo Diretor de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, dr. Sergio Leitão, em artigo de 28 de setembro (OESP), do qual transcrevo:

“O relatório do IPCC divulgado ontem é prova disso, pois reacende os sinais de alerta sobre a gravidade do problema do aquecimento global. O documento reafirma que as mudanças climáticas são um fato inequívoco e que os impactos das emissões de CO2 se intensificaram de modo dramático desde a primeira edição, em 1990”.

“Os cientistas insistem na necessidade de evitar a alta da temperatura média global. Para isso, porém, é preciso um corte drástico das emissões de gases estufa até que elas sejam zeradas até 2070. Isso significa que precisamos repensar nossos meios de produção, substituindo os combustíveis fósseis por fontes renováveis, e alterar nosso padrão de consumo. Afinal estamos explorando os recursos do planeta muito além de sua capacidade de regeneração”.

            Na matéria dedicada ao Futuro do Planeta, o mesmo jornal, em sua edição de 28/09, acrescenta que “a queima dos combustíveis fósseis é dos principais motivos de emissão de gases estufa na atmosfera e, assim, a grande vilã do aquecimento global”. Disto decorrem chuvas anormais, redução da camada de gelo no Ártico, elevação do nível do mar, ciclones e secas, fenômenos que se repetem ano a ano, de maneira crescente. O aumento da estação seca pode promover uma redução de 70% da Floresta Amazônica, assim como a elevação do nível do mar pode chegar a 82 centímetros até o ano 2.100, causando problemas de grande monta nas cidades e regiões a beira-mar.
            É uma “corrida para a catástrofe”, sentencia Gilles Lapouge em seu artigo de 1º de outubro, no Estadão, acrescentando:

“Enquanto isso, o CO2 continua perpetrando seus crimes. Um deles é inédito: o aumento da temperatura dos rios e dos braços de mar, cuja água é utilizada para resfriar as centrais nucleares construídas em suas proximidades, preocupa os governantes. Em maio, nos EUA, a Central de Millstone teve de desligar seus dois reatores porque as águas haviam atingido a temperatura de 26,6oC. Na França, em várias ocasiões, no ano passado, alguns reatores tiveram de parar momentaneamente porque a água de resfriamento estava demasiado quente. É bizarra a ironia das coisas: o clima parece montar a guarda em torno das centrais nucleares para evitar incidentes”.

            Os distúrbios causados ao Planeta pela inconsciência coletiva do mundo moderno foram, durante muito tempo, vistos como fantasia de alguns cientistas catastrofistas. Mas hoje – e isso ficou claro na reunião de Setembro, do IPCC, em Estocolmo – a probabilidade das ocorrências mencionadas já supera o índice de 90%. Portanto, o único caminho para evitar as catástrofes é agir no controle de suas possíveis causas.

            Em particular, aqueles que lidam com os transportes já sabem o que fazer, no sentido contrário às ações do mercado, que agora sugere a desatenção às fontes renováveis de energia, porque o gás de xisto é a nova promessa de combustível abundante e barato. E poluente...

            No transporte urbano, a receita é reduzir a participação do automóvel nas viagens, organizar os sistemas coletivos e adotar a tração elétrica nos veículos coletivos e individuais, particularmente nos coletivos, que são responsáveis por uma grande fatia dos deslocamentos diários. Os custos de implantação da tecnologia serão sobejamente ressarcidos pelos benefícios ambientais.

            Falta o que, então, para que se planeje a indispensável mudança?

Adriano M. Branco

SP 07/Out/13

TROLEBUS SIM, POLUIÇÃO NÃO

TROLEBUS SIM, POLUIÇÃO NÃO

            Eu concluía o meu último artigo sobre os trólebus, quando o ex-Secretário de Transportes do Município, Marcelo Branco, ofereceu-me novos subsídios. Ele tem acompanhado o desenvolvimento da empresa portuguesa MOBI.E – Mobilidade Elétrica, através do seu diretor João Dias, que vem se dedicando ao transporte urbano, individual ou coletivo, com vistas à substituição dos combustíveis por energias limpas. E desenvolveu interessante tecnologia de minimização do consumo de energia.

            Com efeito, o seu projeto de alimentação das baterias desses veículos prevê que os automóveis, por exemplo, só recebam carga em horários fora de pico, mediante programação especifica. Por outro lado, ao chegar ao seu destino, o veículo adrede carregado conecta-se à rede elétrica predial transferindo para ela, no horário de pico, a carga acumulada nos horários de baixo custo.

            O mesmo pode ser feito com trólebus e metrô, que ficam parados para manutenção nos horários da madrugada. Nesse período eles podem carregar as baterias com energia mais barata, a ser utilizada durante os horários de maior demanda.

            Essa idealização tem muitos outros frutos, como carregar as baterias de toda a frota de veículos urbanos, incluindo automóveis, fora das horas de pico.

            A eletricidade permite “mágicas” que nem de longe estão esgotadas. Ao contrario dos motores de combustão interna, que não evoluem há cem anos, produzindo rotações nos eixos a partir de movimentos ondulatórios...

            Enquanto isso, diz o pesquisador Evaristo E. de Miranda (Estadão, 30/09/13) a exploração das reservas abundantes de gás xisto rebaixou a importância do petróleo, reduziu o preço do carvão mineral, desenvolvendo uma nova matriz de energia, que passa ao largo das cogitações ambientais. “O chamado mercado de carbono, essencialmente europeu, veio abaixo”, diz ele. “Sobram cotas de carbono e ninguém se interessa. Em abril o Parlamento Europeu votou uma sentença de morte para o mercado de carbono: rejeitou limitar as autorizações de emissões de CO2 propostas pela Comissão Europeia. Uma tonelada de CO2, que valia 30 euros, em 2008, caiu para 2,75 euros, seu nível histórico mais baixo”, acrescentou o prof. Evaristo.

            A euforia é grande: Ernest Moniz, secretario de energia dos EUA disse, em almoço com empresários da Confederação Nacional da Indústria, ( Valor Econômico de 20/08/13) que “há uma revolução do xisto em curso nos Estados Unidos, que já despertou investimentos de US$ 100 bilhões na indústria americana, derrubou as tarifas do gás e promoveu a abertura de um milhão de postos de trabalho em meio à maior crise econômica do País, desde 1929”. “A América do Norte deverá alcançar sua independência energética em aproximadamente uma década”.

            Tais declarações estão na mesma linha da conduta anterior dos EUA, que não subscreveram o Protocolo de Kyoto e negaram o comparecimento do presidente americano à ECO 92, no Rio de Janeiro. A nação norte-americana, maior consumidora de petróleo e energia do mundo, não compreendeu ainda a advertência do Cacique Seattle (1854):  “O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra”.

            O desapreço pelo meio ambiente, que decorrerá de uma nova política mundial da expansão da produção de energia a partir de fontes fósseis, já tem consequências mensuráveis e medidas, como exemplificou o jornalista Washington Novaes, em seu artigo de 29/09/13, publicado pelo Estadão. Disse ele, apoiado em pesquisas do dr. Paulo Saldiva, que “em apenas um ano (2011) a poluição da atmosfera contribuiu para 17.400 mortes no Estado”. Várias outras informações por ele colhidas reforçam os argumentos e os esforços em favor da redução das emissões de poluentes.

            É preocupante a euforia norte-americana com a exploração do xisto e consequente emprego no transporte, deixando em segundo plano os investimentos nas fontes renováveis de energia. Por outro lado, é assustadora a consequência do uso dos combustíveis de origem fóssil nas grandes cidades. Por isso, toda a atenção deve ser dada à predominância do transporte público sobre o individual, assim como à tração elétrica nos veículos coletivos e automóveis.

            O melhor caminho, hoje, para reduzir os malefícios da poluição é a implantação de bons corredores, dotados de ônibus elétricos. Sim, os trólebus.

Adriano M. Branco

SP 04/Out/13