sábado, 26 de fevereiro de 2011

Entrevista com o atual vice-presidente da UITP América Latina Metrôs: Conrado Grava de Souza

UITP -  As suas expectativas foram atingidas como vice-presidente eleito da UITP?
Conrado - Considero que a nossa gestão a frente à Divisão América Latina da UITP foi coroada de êxito, pois conseguimos  integrar mais membros num esforço eficaz de troca de conhecimento e de união para demonstrar aos nossos stakeholders a importância do transporte público nas nossas cidades. 

UITP 
- Qual a importância do Transporte Público nos dias atuais?
Conrado - A grande maioria das pessoas vive atualmente em grandes metrópoles que, devido à sua grande extensão territorial, distancia o morador de seus locais de trabalho e dos serviços de lazer, educação e saúde. O habitante da metrópole é dependente do uso de veículos motorizados para sua locomoção. O transporte individual tem crescido de forma desmedida trazendo consequências funestas à qualidade de vida da população, pois trouxe o congestionamento e, com ele, o aumento no tempo de trânsito, o aumento do número de acidentes e a poluição, responsável pelo desequilíbrio ambiental que afeta a saúde das pessoas.
A cidade grande necessita, obrigatoriamente, de um sistema de transporte público abrangente que ofereça à população uma forma rápida e segura de locomoção, que promova a diminuição da poluição atmosférica e que, enfim, melhore a qualidade de vida dos cidadãos.

UITP - Como promover e estimular mais o Transporte Público no nosso continente?
Conrado - Os moradores das grandes cidades latino-americanas já estão convencidos da importância e da necessidade do transporte público em suas regiões e clamam por redes mais extensas e serviços cada vez mais inclusivos e mais eficientes, o que já é o principal estímulo à expansão das redes de transporte público e à melhoria de seus serviços.
Outro fator não menos importante de estímulo ao desenvolvimento do transporte público é o papel dos operadores e das autoridades de transporte de convencimento do Poder Público quanto às vantagens que este serviço oferece ao cidadão: menor tempo de viagem, maior disponibilidade para dedicação à família e ao lazer, melhores condições ambientais, melhores condições de saúde e menor número de acidentes e, conseqüentemente, menor custo à sociedade.

UITP - Nos seus 125 anos, a UITP vem sendo o centro mundial para a cooperação e experiências. Como você acha que a América Latina pode fortalecer sua posição dentro da entidade?
Conrado - A Divisão América Latina já exerce um papel proeminente junto à UITP, apesar de ser um setor bastante jovem dentro da associação. No entanto, as redes de transporte público em muitos países latino-americanos ainda estão se desenvolvendo. Na medida em que estes sistemas amadurecem haverá o enriquecimento de sua participação no processo de compartilhamento de práticas que faz da UITP o centro mundial para cooperação e experiências em transporte urbano.

UITP - Uma declaração final...
Conrado  - Chegado ao final desta gestão, considero que a encerramos com a missão cumprida, amealhamos uma participação eficaz dos membros, desenvolvemos trabalhos de alto interesse e grande importância para a associação e para a comunidade, trocamos experiências em todos os assuntos de interesse comum e fizemos novos amigos. 
Sinto-me mui honrado em ter participado de nossa Divisão como Vice Presidente e gostaria de dizer que foi muito prazeroso e profícuo o trabalho conjunto realizado com o nosso Presidente Victor Raul Martinez Palacio e com os colegas Vice Presidentes Julio Grillo, Altair Moreira, Ester Litovsky, Dilson Peixoto e Diego Monraz e principalmente agradecer a querida Eleonora Pazos pelo excelente trabalho realizado encabeçando o escritório da Divisão."

Conheça mais sobre CONRADO GRAVA DE SOUZA
Conrado Grava de Souza, brasileiro, 61 anos, formado em Engenharia Elétrica, modalidade Eletrotécnica, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1973, com pós graduação na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo nas disciplinas “Sistema de Potência” e “Proteção por Relés”, em 1974, curso de Especialização em Administração da Fundação Getúlio Vargas, em 1985 e curso de TQM – Total Quality Management, pela AOTS -Association for Overseas Technical Scholarship, em 1998, no Japão. Trabalha desde 1984 na COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO – METRÔ, ocupando atualmente o cargo de Diretor de Operação. De 1973 à 1974 trabalhou na TELESP como engenheiro de estações telefônicas, de 1974 à 1975 trabalhou na CESP como engenheiro do Departamento de Usina e Subestações e de 1975 à 1984 trabalhou na ENERCONSULT como engenheiro de projeto do Setor Elétrico.
Participa, atualmente, como representante da área operacional do Metrô de São Paulo, dos grupos técnicos da Divisão de Metrôs e Comissão de Segurança da UITP – União Internacional de Transportes Públicos, da Alamys – Associação Latinoamericana de Metrôs e Subterrâneos, do CoMET – Comitê de Metrôs do Imperial College de Londres e da Comissão Metroferroviária da ANTP – Associação Nacional de Transportes Públicos

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